Era uma vez uma futura maratonista com um sonho muito distante de completar os 42.195 km. Tudo começou em 2008 com uma vontade de mudar de vida e transformar lazer em benefício estético e psicológico. As pequenas corridas foram completadas e os objetivos sempre aumentando. Em julho de 2010 tudo mudou, virei maratonista e comecei a sonhar com as ultras distâncias. Em julho de 2012 virei oficialmente Ultra e agora planejo futuras distâncias que me desafiem cada vez mais. Me descobri desesperadoramente apaixonada por km's.

Agora tenho o ano de 2013 inteiro para fazer o que for preciso para quem sabe ser aceita na BR 135 Solo em 2014. Trabalha e Confia!


Carrego no peito as medalhas e na memória os melhores momentos da minha vida.

Próximos desafios:

03 de Novembro de 2013 - Maratona

sábado, 20 de julho de 2013

Agora posso me explicar...

Como você lida com a dor?
Bem, eu me isolo, evito todos, até me resgatar e aceitar o que não posso mudar. Aí sim, depois deste processo posso falar sobre o assunto e pensar nos planos A, B e C para continuar seguindo.

Este primeiro semestre por motivos que só Deus conhece, precisei virar pó, vivendo sob pressão. Tudo parecia um cardiograma, um dia céu e outro inferno, um dia céu e outro inferno para dramatizar um pouco e justificar a situação rs. Confesso que não me lembro de ter vivido nada parecido, foram dores emocionais que vinham em sua versão mais intensa. Passei 6 meses tentando resolver algo que definitivamente não estava sob meu controle.

Sendo assim, me afastei, me isolei, e não conseguia correr. Assim que acabei a BR meu ritmo de treinos praticamente desapareceu. Consegui em uma semana meia louca em abril fazer um acumulo de 85 KM de corrida, e foi só, algumas vezes saia para correr e não passava de uma caminhada de 2 KM.

Quando acordei, já era junho e estava inscrita para uma prova de 50 KM em Ilhabela em 2 semanas. Sai desesperada e corri 55 km em 3 dias. Senti muitas dores na região próxima ao quadril. Parei e desisti de Ilhabela. Fiquei as duas semanas paradas, mas achei que já estava boa, que tinha sido apenas uma dor passageira e resolvi fazer um treino com uma amiga, fomos de Vitória a Vila Velha num ritmo super agradável em um trecho de 25 Km. Sentia dores intensas, que nem a cápsula vermelha mágica sarava. Para completar no final do treino faltando 1 KM, tropecei e voei para o chão batendo joelho, quadril e cotovelos. Fiquei toda ralada e ainda pior, voltei para a casa mancando. No outro dia não andava. Pagando o preço pela irresponsabilidade física e emocional!

Desesperada bati na porta do meu ortopedista que sempre me salva, só sai de lá depois que ele me atendeu, esperei por cinco horas. Fiz uma ressonância e voltei assim que pude para o dia do desastre. Com pesar ele me disse que estava com uma lesão grave no quadril e que não poderia nem andar no próximo mês. Molhei a mesa dele toda de tanto chorar. Ele ficou assustado, que pedia desculpas o tempo inteiro por me dar esse diagnóstico. Me encaminhou para um especialista em quadril em SP. Na loucura consegui marcar para o dia seguinte, dentro de um carro por 12 horas cheguei direto para a consulta.

Chegando lá o Japonês pediu mais uns exames especificos para esportistas e que fiz todos na hora. Resumo da opera, ele descobriu mais umas lesões que hoje ainda não me doem no quadril, mas que podem me ser um problema. Tenho anomalias que são defeitos de fábrica e não por excesso de corrida (quem procura acha) e outras coisitas mais. Mas o que me dói mesmo hoje é uma bursite trocanteriana e de peritendinopatia na inserção do glúteo médio (credo, não malhei meu glúteo médio direito)... chorei mais um balde e perguntei se poderia voltar a correr e ele disse que sim, mas não por muito tempo. Conversa:

- Muito tempo quanto Dr? Mais de um ano??
Dr - Ah sim, mais de um ano.

- Posso começar quando Dr?
Dr - Não posso te dizer, o fisioterapeuta que vai te acompanhar fará esse processo.

Desde então trato meu fisioterapeuta muito bem, já que ele quem manda na parada rs.

E a decisão é a seguinte, não corri nem 100 metros ainda.
O dia que voltar e não sentir dor, ai meu bem, vou pra guerra. O dia que parar parou... vou procurar outra coisa... ou vou virar alpinista... ou vou velejar... ou vou pular de para-quedas, virar missionária na África, sei lá... me viro, desviro... só não posso sofrer por antecedência.

Não me interessa correr pouco, correr pra ficar magro (só acontece quando fecho a boca), correr pra sei lá o quê. Gosto do muito, de passar longas horas em paz correndo nem que seja uma vez por mês... e não tem jeito, só quem já teve o privilégio de correr por longas horas sem multidão, ou sob um céu estrelado sabe do que estou falando. O duro é que para chegar dói e desgasta.

Enquanto isso, continuo pagando o preço e aprendendo a ter muita paciência.


sexta-feira, 19 de julho de 2013

Rompendo em fé

Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos.

Assim tem sido os últimos dias. Fechando as passagens para uma maratona em novembro onde tudo o que resta é a fé, estarei lá... mesmo que olhando a minha situação hoje há 3 meses e 10 dias da prova sem previsão de quando darei o primeiro trote para começar a treinar. Pode ser daqui há 10 dias, pode ser faltando dois meses, 1 mês, ou mesmo sem treino algum, sim isso pode acontecer. Vai depender dos exames e dos médicos.

Enquanto isso, me coloco a movimentar com exercícios leves de fisioterapia (mais um ato de fé, porque de tão leve me assustam) e treinos de bike de 45 minutos trabalhando força. Semana que vem talvez entre alguns exercícios complementares.

Nunca imaginei que depois de tanto, completar uma maratona seria um desafio.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Aprendendo a suar a camisa!

Primeiro dia de bike!

Na verdade fui liberada há 4 dias, mas fiquei receosa, com dor psicológica, sem cabeça, sei lá, inventei milhões de desculpas...

Hoje venci o medo e fui, foram 45 minutos leve, e acredite se quiser, suei! Não sei se foram os 3 litros de chá que tomei antes ou se realmente foi o movimentar do corpo há tanto parado! Coloquei umas musiquinhas bem bem bem do jeito que eu gosto e o tempo passou rápido... e por 45 minutos pude sentir aquela sensação gostosa de suar e liberar a endorfina que tanto estava me fazendo falta.

É fato, melhora meu humor, meu comportamento e meu equilíbrio!





quinta-feira, 11 de julho de 2013

O Início...

Por onde começar?

Quando se está perdido ou você fica parado ou procura ajuda de quem entende. Assim me vi encaminhada para a primeira sessão de fisioterapia na vida... não sabia o que era lesão mesmo com todo o esforço que fiz até aqui.
Só sabia que um dia isso iria chegar. E chegou!

Me vi essa semana parada em frente ao profissional que definiria o momento da minha volta para as pistas. Confesso que tentei burlar, chantagear, chorar, implorar para voltar imediatamente, mas ele não deixou :( ... então vamos obedecer.

Um entusiasta do ramo, falou de cada processo a ser utilizado e investiu horas falando sobre a minha lesão... infelizmente não conseguia prestar atenção... na minha mente só queria uma resposta - Dr. quando vou começar a correr??? quando?? quando?? - é claro que ele não falou rs... me deu muita esperança, e nenhum prazo...

Mas algo mudou quando ele disse que poderia fazer um exercicio... há tanto tempo parada fiquei saltintante quando ouvi a palavra exercício. Mas a alegria durou muito pouco tempo!
Eis que me aparece uma escova. O exercício era uma escovação no local da lesão - Oh God! Murchei na hora... ele me explicou que era para dessensibilizar a área... desde então ando com uma escova a tiracolo, seja lá pra que for, se for para ajudar está valendo.








segunda-feira, 8 de julho de 2013

E aí?


E aí, quando tudo parece bagunçado e perdido?
Chorar já não adianta mais, a lesão veio, o corpo reclama, e tudo por alguns minutos para de fazer sentido.
Reconheço, foi por irresponsabilidade, ansiedade e desnorteio, tudo tentando acertar... Mas acontece!!! Acidentes Acontecem!

É juntar os cacos, o que sobrou do corpo e da mente... pedir ajuda e recomeçar!
Recomeçar...
Recomeçar...
e mais quantas vezes for necessário.


E Aí Teddy Roosevelt também entra em ação:

"Em qualquer momento da decisão, a melhor coisa que você pode fazer é a coisa certa, a próxima melhor coisa é a coisa errada, e a pior coisa que você pode fazer é nada."